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No Ponto de mutação, do físico austríaco Fritjof Capra, que li já há bastante tempo, há uma informação que, naquele momento, me foi surpreendente e que me cativou: a idéia de que a Terra, com o aparecimento do homem, foi gradativamente se aquecendo, tornando-se menos hostil para que pudesse receber, tal qual uma mãe carinhosa, o filho que acabara de chegar, para que pudesse, à semelhança da mãe que doa seu leite e seu colo, oferecer condições de vida àquele ser tão frágil.
Independentemente do fundamento científico da afirmação, que Capra certamente sustenta, trata-se de uma bela metáfora: a Terra-mãe. Atualmente, mesmo quem vive alienado, tem sido bombardeado com informações sobre os estragos que causamos, sobre nossa ingratidão filial. Depois de tanto carinho, simplesmente cuspimos-lhe a cara. As notícias sobre o visível desequilíbrio ecológico ainda nos causam surpresa, mas não deveria. A Terra, como o cachorro que se sacoleja para se livrar das pulgas na música do maluco beleza, Raul Seixas, dá seus gritos. Quem tiver ouvidos, ouça!
Walter Moreira, 09 maio 2009
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Discussões sobre racismo, ou sobre qualquer outra forma de intolerância, sempre incomodam muito, pelo que precisam resgatar de nossa irracionalidade. Mas elas são, evidentemente, necessárias.
Poucos vídeos são capazes de incomodar tanto e dizer tanto, em tão pouco espaço de tempo, quanto este. Aqui há a manifestação do racismo em sua pior forma.